quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Há precisamente 1 ano atrás eu estava de cama, com uma qualquer virose daquelas que chegam, arrasam connosco e desaparecem, tudo no espaço de 48 horas.
Acordei não muito bem na segunda-feira dia 22. Apesar de esforços em contrário, acabei por ter de sair de casa para uma reunião (que acabou por não acontecer - obrigada senhora do talho em Carnaxide que não pode adiar a reunião e depois não compareceu à mesma...). Já que estava na rua aproveitei para ir fazer umas ultimas compras de Natal. Nada de mais. Tudo muito rápido. Demorei mais tempo no caminho para casa, com um trânsito infernal que não andava por nada.
Cheguei a casa pelas 19h, completamente arrasada. E com febre.
Depois de uma noite muito mal dormida, a febre mantinha-se na manhã seguinte e ainda mais alta.
Assim continuou ao longo do dia, e só ao fim da tar de baixou. Seriam umas 18h quando comecei a sentir-me um ser humano coerente.
Foi por isso que não atendi o telefone das duas vezes que tocou. A primeira, pouco antes das 9 horas e a seguinte por volta das 15h.
Foi por isso que pouco depois das 20h a minha mãe me chamou à sala, me pediu que me sentasse e me passou o telefone. E foi pela minha irmã que fique a saber que morreste.
As duas chamadas que não atendi eram do teu número. Mais tarde fiquei a saber que foi a tua L. quem ligou.
No dia seguinte fui com a minha Mana Nana, que também tanto te amava, para nos despedirmos de ti.
Ainda estava meio anestesia dos comprimidos para a febre que, apesar de estar baixa, teimava em não passar. Por isso senti que não fiz as despedidas. Não de verdade. Não consegui.
Este ano tem sido um processo. De vez em quando há algo que me recorda de ti.
Nem imagino a dor de quem te acompanhou de perto nos ultimos tempos. Aqueles em que eu me afastei.
Apenas sei da minha, e sei que é enorme.
Descansa em paz.
Love you. Miss you.

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